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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cães farejadores são treinados para detectar câncer de pulmão






Cães farejadores são treinados para detectar o câncer de pulmão em humanos, quando os tumores estão em estágio inicial, mostra uma nova pesquisa.

Os cachorros testados – e que passaram pelo treinamento- foram capazes de identificar os compostos orgânicos voláteis que estão presentes no hálito das pessoas com este tipo de doença, de acordo com um estudo alemão.

Como as pessoas com câncer de pulmão não costumam apresentar sintomas precoces e também pelo fato dos métodos de diagnóstico atuais não serem tão seguros, os autores da pesquisa afirmam que os resultados são significativos.


Para a realização da pesquisa, os cientistas recrutaram pessoas com câncer de pulmão, portadores de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e voluntários saudáveis. Os cães especialmente treinados identificaram 71 das 100 amostras de saliva de pessoas com câncer de pulmão. Os animais também acertaram que 372 de outras 400 amostras não apresentavam câncer.

Os cães também foram capazes de distinguir os casos de câncer de pulmão, DPOC e amostras de fumantes. Os autores concluíram que deve existir um marcador diferente para a neoplasia maligna pulmonar que é diferente da doença obstrutiva crônica e do tabagismo, presentes no cigarro, na fumaça do tabaco e dos medicamentos.

“Na respiração dos pacientes com câncer de pulmão, são expelidas susbtâncias químicas diferentes da respiração de pessoas não doentes. Os cães são sensíveis a estes odores e conseguem detectar a presença da doença em um estágio precoce”, afirmou o autor do estudo, Thorsten Walles, do Hospital Schillerhoehe, da Alemanha.

“Nossos resultados confirmam a presença de um marcador para o câncer de pulmão”, acrescenta Walles. “É um passo importante em direção ao diagnóstico da doença, mas ainda é preciso identificar com mais precisão os compostos orgânicos exalados na respiração dos pacientes. Infelizmente, os cães não conseguem comunicar qual é a bioquímica do cheiro do câncer.”

O estudo foi publicado no European Respiratory Journal, edição que veicula informações médicas sobre doenças respiratórias no mundo todo.

Saiba tudo sobre as doenças que podem afetar o pulmão:

O que é

Órgão do sistema respiratório especializado na troca de gases. Sua principal função é oxigenar o sangue e eliminar o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2) do corpo.

O pulmão é encontrado em muitos animais vertebrados, mas não existe em insetos e artrópodes como moscas e aranhas, por exemplo. Ele apresenta diferentes formas e tamanhos: desde pequenas estruturas parecidas com saquinhos, em peixes pulmonares, até grandes estruturas encontradas em anfíbios, pássaros e mamíferos.

O ser humano tem dois pulmões localizados no interior do peito, ou cavidade torácica, recobertos por uma membrana protetora conhecida como pleura. Um músculo envolvido na respiração, o diafragma, separa os pulmões da cavidade abdominal. Artérias pulmonares (as únicas do corpo por onde flui o sangue venoso) transportam o sangue com gás carbônico do coração para o pulmão. O sangue oxigenado no pulmão vai ao coração pelas veias pulmonares para, então, irrigar o resto do corpo.

Cada pulmão é dividido em partes ou lobos. O pulmão direito é maior e tem três lobos; o esquerdo tem apenas dois. Cada lobo é servido pelo brônquio subdividido, ou bronquíolos, responsável pelo transporte de ar da traqueia para os alvéolos. Traqueia, brônquios e bronquíolos formam um sistema de canais ramificados, semelhante a uma árvore de ponta cabeça. Não é sem razão que esse conjunto seja conhecido como árvore traqueobronquial.

Os alvéolos formam o tecido pulmonar e são pequenas bolsas de finíssima membrana cercadas por pequenos vasos sanguíneos ou capilares. O oxigênio pode atravessar com facilidade a membrana alveolar em função de sua espessura, atingindo os capilares para depois se ligar às hemoglobinas, células vermelhas do sangue.

Funcionamento

Todo processo de vida envolve gastos de energia, e toda a energia produzida envolve a troca de gases, mecanismo que chamamos de respiração.

Na respiração, os animais trocam o gás carbônico, resíduo da produção de energia, pelo oxigênio do ar que respiram para viver. O oxigênio é um ingrediente fundamental para a produção de energia.

O ar fresco, ou oxigenado, entra pelo nariz e a boca quando inspiramos, porque é puxado pelo pulmão ao inchar. Ao contrair, o ar com gás carbônico é levado de dentro para fora de nosso corpo. Os movimentos de expansão e contração do pulmão são ininterruptos, induzidos pelo diafragma e músculos do peito e das costelas.

Para chegar ao pulmão, o ar percorre um tubo liso chamado faringe, prossegue pela laringe – continuação desse tubo – e alcança a traqueia. A traqueia é um tubo enrrugado feito de cartilagem. Próximo ao pulmão, ela se divide em duas partes, os brônquios.

Dentro dos pulmões, o ar ainda tem de passar pelas ramificações dos brônquios, ou bronquíolos, uma rede de pequenos vasos formados por sucessivas divisões. Cada vez mais finos, esses capilares alcançam o menor diâmetro de um milímetro ao chegarem aos alvéolos. Cheias de ar, essas bolsinhas permitem a passagem do oxigênio para os finos capilares sanguíneos que as cercam. O oxigênio é trocado por gás carbônico nas paredes dos capilares.

O oxigênio se liga às hemoglobinas, células vermelhas sanguíneas, e é transportado pelo sangue ao coração, onde será bombeado para todo o corpo. O sangue também transporta o gás carbônico liberado pelo metabolismo do corpo para os alvéolos pulmonares. Dos alvéolos, o gás carbônico é expelido para fora do corpo por meio da contração durante a exalação.

Curiosidades

Nossos pulmões pesam em torno de 600 gramas e têm aproximadamente 300 milhões de alvéolos irrigados ininterruptamente com sangue por cerca de 80 mil minúsculos capilares sanguíneos.

O volume de ar no pulmão aumenta de 0,2 para 5,5 litros, do nascimento até a maturidade do ser humano. O tecido pulmonar, por sua vez, aumenta de 2,8 para 75 metros quadrados.

Quando fazemos exercícios, nossos pulmões aumentam a capacidade de ventilação e oxigenam mais sangue, já que o coração bate mais depressa. Em exercícios moderados, a ventilação pulmonar pode aumentar dos normalmente 10 litros de ar por minuto para quase 60 litros por minuto.

Doenças relacionadas

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- Bronquite

- Câncer de pulmão de pequenas células

- Câncer metástico do pulmão

- Doença pulmonar

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IG

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