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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Soldados do Pará vão a missão de paz no Haiti

EXÉRCITO

Eles ficarão por seis meses ajudando a manter a ordem no país

O embarque de 84 militares ao Haiti em missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) foi marcada pela emoção. Eles embarcaram ontem em um avião KC-137 da FAB e passarão seis meses naquele país da América Central, com cerca de 10 milhões de habitantes. A tropa treinou por seus meses para enfrentar as adversidades do território destruído pela guerra civil e pelo terremoto que matou mais de 200 mil haitianos.

O Pará enviou 150 militares para renovar as tropas de paz no Haiti. No último dia 8 de agosto, 66 homens do Exército partiram de Tucuruí, a 520 km de Belém. O 15º contingente, que partiu ontem, viajaria por 20 horas, com escalas em Manaus (AM) e Boa Vista (RR). A chegada em Porto Príncipe está programada para às 10h30 de hoje.

De acordo com o comandante da 8ª Região Militar, general Carlos Roberto de Sousa Peixoto, foram embarcados dois batalhões, um de Belém e outro de Tucuruí, que viajou no início do mês. "São combatentes para garantir a ordem e a organização do país; e também engenheiros que colaboram na reconstrução. O Brasil lidera as operações", garante o general, ao ponderar que a missão é de solidariedade. "O trabalho é voluntário, não significa grandes ganhos sobre os vencimentos e também não significa a mudança automática de patente", observou Peixoto. A despedida aconteceu na Base Aérea de Belém, em Val-de-Cans, com a presença do comando da 8ª Região Militar e do vice-governador do Estado, Helenilson Pontes.

DESPEDIDA

Os cerca de 200 familiares dos militares no pátio da Base Aérea estavam com filmadoras e câmeras fotográficas para registrar o momento histórico na carreira dos militares. O soldado Thiago Reis, 21 anos, recebia o carinho dos avós, das primas e do pai, que também é militar. É a primeira vez que ele sai do Brasil. "Ele representa todos os sonhos que tentamos alcançar na nossa juventude e não conseguimos. A emoção é muito forte", disse o avô João dos Reis, 67 anos.

O pai, o sargento Roberto Reis, disse que tentou participar da missão no Haiti, mas não conseguiu vaga. "Tenho 25 anos de serviço militar e é uma alegria ver meu filho representar a família e o nosso país. Vai ser difícil não sentir saudade", ressaltou.

Thiago atribui à vontade de servir ao País a decisão de participar da missão de paz no Haiti. "A intenção é voltar depois de seis meses com o sentimento de dever cumprido", diz o soldado, ao garantir que o fuzil que carrega pesará tanto quanto a saudade.

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