Meio jurídico do Pará perde um mestre

Corpo do jurista foi velado na OAB-PA, entidade que ele presidiu (Foto: Reprodução)

O corpo do jurista Joaquim Lemos Gomes de Souza foi sepultado no cemitério Recanto da Saudade, às 16h de ontem. Ele morreu às 15h do último dia 6, aos 87 anos, no Rio de Janeiro. O jurista passava férias com a família naquela cidade, onde contraiu uma infecção abdominal de origem alimentar e foi internado às pressas no hospital Santa Bárbara, vindo a falecer depois de uma parada cardíaca.

Joaquim Lemos era casado com Rosa Nery Gomes de Souza. Ele deixou quatro filhos: Hilda Gomes de Souza, Antônio Gomes de Souza, Carla Gomes de Souza e Camila Gomes de Souza.

O corpo do jurista chegou a Belém na madrugada de ontem e foi levado para a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seção Pará, onde foi velado, no plenário Aldebaro Klautau.

Advogado e doutor em Direito Civil, professor de Direito Civil da UFPA e da Unama, Joaquim Lemos – que era bisneto do intendente Antônio Lemos - foi ainda procurador-geral do Estado, procurador da União e presidente da OAB, Seção Pará (1977 e 1981). Ele também presidiu a representação paraense da Fundação Ulisses Guimarães, do PMDB, do qual foi membro titular no diretório estadual e delegado titular junto à Convenção Nacional do Partido.

Em nota divulgada ontem, o presidente estadual do PMDB, Jader Fontenelle Barbalho, lamenta, “com profundo pesar, o falecimento do companheiro e amigo”, destacando os cargos de relevância ocupados por ele. Em seu blog, o deputado Parsifal Pontes afirma que Joaquim Lemos foi “uma das mais significativas figuras históricas da capital do Pará”.

Entre os muitos advogados e políticos que compareceram ao velório do jurista, o ex-deputado federal Jorge Arbage disse que a morte de Joaquim Lemos foi “uma perda irreparável não só para os seus familiares e amigos como sobretudo para a cultura jurídica do Pará”. O também ex-deputado federal, Gerson Peres, destacou as qualidades do seu ex-professor que “inspirava confiança no aluno pela inteligência e companheirismo”.

O reitor da Unama, Antônio Vaz, lembrou que ele foi um dos fundadores, em 1974, do curso de Direito do então Cesep, hoje Unama, universidade que ajudou a fundar com o nome de Unespa.